sábado, 8 de janeiro de 2011

Adam Smith e Marx: o progresso tecnológico, produtividade e lucro

Este texto é parte de um trabalho apresentado na especialização da Faculdade Integrada Brasil Amazônia (FIBRA) à disciplina "Ciência, Tecnologia e poder na formação do Mundo Contempôraneo" ministrada pelo DR. José Alves de Souza Junior.

Primeiramente é de suma importância identificar elementos que caracterizam o capitalismo  que são a acumulação permanente de capital; a geração de riquezas; o papel fundamental desempenhado pelo dinheiro e pelos mercados financeiros; a concorrência, a inovação tecnológica continuada. A divisão técnica do trabalho, ou seja, a especialização do trabalhador em tarefas cada vez mais segmentadas no processo produtivo é também uma característica importante do modo capitalista de produção, uma vez que causa o aumento de produtividade. Na Inglaterra, Adam Smith desenvolveu sua teoria liberal sobre o capitalismo, na França, passou a predominar a ideologia do laissez-faire, ou do liberalismo econômico, que tinha como base o livre comércio .Adam Smith, observou que a tecnologia era fundamental para criar riqueza, mas destacou que as principais fontes de inovação tecnológica eram os homens que trabalhavam com as máquinas e descobriam técnicas  de melhorá-las, bem como os fabricantes de máquinas (desenvolvimento tecnológico na fábrica).
 Fica notável que com a inserção das máquinas nas indústrias a economia adquiriu um outro caráter, que é o caráter social da produção que é expressa pela divisão técnica do trabalho no interior de cada empresa, que impõe aos trabalhadores uma atuação solidária e coordenada, mesmo com essas características da produção, os meios de produção são propriedades privada do capitalista. O produto do trabalho social, portanto, se incorpora a essa propriedade privada. Segundo o marxismo, o que cria valor é a parte do capital que foi investida em força de trabalho. A diferença entre o capital investido na produção e o valor de venda dos produtos, é o que Marx chamada de mais-valia (lucro), apropriada pelo capitalista, não é outra coisa além de valor criado pelo trabalho. A introdução do maquinário gera, em poucas horas, uma significativa quantidade de produto, então para Marx o lucro são as horas não pagas do trabalhador, por tanto ele ver a mais-valia como fruto da exploração.
Para Karl Marx, o sistema capitalista não garante meios de subsistência a todos os membros da sociedade. Pelo contrário, é fruto do sistema a existência de uma massa de trabalhadores desempregados, que Marx chamou de exército industrial de reserva. Ao analisar Adam Smith e Marx, conclui-se que o progresso tecnológico aumenta a lucratividade do capitalista, porém junto com o aumento do lucro - que para Marx é algo advindo da exploração do trabalhador - há também o aumento de problemas sociais. No entanto, a Revolução industrial era dada como o destino de toda humanidade, quanto maior o avanço tecnológico menos custo salarial, que dá ao produto maior valor de mercado, logo, o capital não cria a ciência, ele apropria-se dela no processo produtivo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário