quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Revolução Industrial

Este artigo é parte de um trabalho apresentado por mim, Karina Araujo Dantas e por, uma colega de curso, Edijane Dias do Carmo na especialização em História Contemporânea como requisito avaliativo, para a Disciplina “As experiências revolucionárias”, ministrada pela Profª MSc. Danielle Figuerêdo Moura.
Este artigo será dividido em cinco parte que serão postadas dentro do período de dez dias, devido a grandiosidade do assunto que é a Revolução Industrial, sendo importante na primeira  parte postada compreender os ANTECEDENTES HISTÓRICOS, na segunda O LUGAR DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL, na terceira o TEMPO DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL e na quarta, entender O TRABALHO E A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL. e por fim as REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS.


1- ANTECEDENTES HISTÓRICOS


As transformações históricas, políticas, econômicas e sociais ocorridas desde o século XV, embora não sendo determinante, influenciaram sobre maneira a revolução industrial. Tais acontecimentos tiveram um contexto específico e precisa ser mais bem estudado pela história e nesse intuito de esclarecer alguns pontos fundamentais dos fatos que antecederam a revolução industrial que se faz necessário um breve relato dos principais acontecimentos a partir desse período para melhor compreensão da temática aqui levantada.
A expansão marítima, ou grande navegações tem um papel importante nesse processo, haja vista, que a circunavegação da África, o “descobrimento” da rota para as Índias e para as Américas, foi ampliando a concepção de mundo dos povos europeus. A definição de um mundo territorialmente muito mais amplo, como novos povos, novas culturas, novos modos de explicar as coisas vai exigir a reformulação do modo de ver e de pensar dos europeus. (TOMAZI, 2000).
Nesse contexto conheciam-se novos povos, novas culturas, instalavam-se colônias na África, na Ásia e nas América, ocorrendo com isso a expansãrica, ocorrendo com isso a expansovos, novas cultura instalavam-se colxplicar as coisasormulaço do comé do comrcio de novas mercadorias (sedas, especiarias, produtos tropicais como açúcar, milho, etc.) entre as metrópoles e as colônias, bem como entre os países europeus. Nascia então a possibilidade de um mercado muito mais amplo com características mundiais. (TOMAZI, 2000).
A exploração de metais preciosos, principalmente na América, e o tráfico de escravos ocasionou altíssimos lucros para os mercadores, deram grande impulso ao comércio, que não mais ficou restrito aos mercadores das cidades-repúblicas (Veneza, Florença ou Flandres), passando também para as mãos de grandes comerciantes e muitas vezes de soberanos dos grandes Estados nacionais em formação na Europa. (TOMAZI, 2000).
Toda essa expansão territorial e comercial acelerou o desenvolvimento da economia monetária, com a acumulação de capitais pela burguesia comercial nascente, que mais tarde terá uma importância decisiva na gestão do processo de industrialização na Europa. No entanto as modificações que vinham se processando na forma de produzir a riqueza vieram agregadas também de mudanças na estruturação política. O sistema político feudal tinha restringindo as tarefas administrativas, fiscais, legais e militares, aos diferentes estamentos (nobreza e clero) em algumas cidades, criando desse modo, um grande entrave para as novas atividades econômicas que estavam surgindo.
O declínio do sistema feudal vai pouco a pouco se efetivando, principalmente pelo desenvolvimento de uma estruturação estatal que tem por base a centralização da justiça, com um novo sistema jurídico baseado no direito romano, a centralização da força armada, ou seja, a formação de um exército permanente e a centralização administrativa, com um aparato burocrático ordenado hierarquicamente, com um sistema de impostos que irá permitir uma arrecadação constante para manter todo esse aparato “jurídico-burocrático-militar” sob um único comando, ou seja, nascia o Estado moderno, que vai favorecer a expansão das atividades vinculadas ao desenvolvimento da produção têxtil, à mineração e a siderúrgica, além do comércio interno e externo. (TOMAZI, 2000).
            No século XVI desenvolve outro movimento: a Reforma Protestante, que ao entrar em conflito com a autoridade papal e com a estrutura da igreja católica, vai propiciar uma tendência que contribui de modo significativo para a valorização do conhecimento racional, em contraposição à revelação, ao permitir a livre leitura das Escrituras Sagradas, tendo assim um confronto com o monopólio do clero na interpretação baseada na fé e nos dogmas. (TOMAZI, 2000).
            Nesse mesmo período surge também um outro movimento no sentido de analisar o universo de outra forma, ou seja, a razão passa a ser soberana e é colocada como elemento essencial para se conhecer o mundo, isto é, os homens devem ser livres para julgar, avaliar pensar e emitir opiniões sem submeter a nenhuma autoridade transcendente ou divina, que tinha a igreja como defensora e guardiã. (TOMAZI, 2000).
            A razão, ou a capacidade racional do homem de conhecer, é definida como o elemento essencial que se colocaria frontalmente contra o dogmatismo e a autoridade eclesial, criando-se uma nova atitude diante das possibilidades de explicar os fatos sociais. Essa nova forma de conhecimento da natureza e da sociedade, na qual a experimentação e a observação são fundamentais, aparece, nesse momento representado pelas idéias de diversos pensadores como: Nicolau Maquiavel, Thomas, Hobbes, Francis Bacon, René Descartes, John Locke, dentre outros. (TOMAZI, 2000).
            O final do século XVII é marcado por grandes transformações econômicas e políticas, na maioria dos países europeus, a burguesia comercial formada basicamente por comerciantes e banqueiros, tornam-se uma classe com, muito poder. Essa classe além de sustentar ativo o comércio entre os países europeus, estendia-se à todos os países do mundo, comprando e vendendo  mercadorias, tornando o mundo cada vez mais europeizado. (TOMAZI, 2000).
            A partir do século XVIII o capital mercantil se estendia também a outro ramo de atividade: gradativamente se organizava a produção manufatureira. A compra de matéria-prima e a organização da produção, seja através do trabalho domiciliar seja no trabalho em oficinas levavam ao desenvolvimento de um novo processo produtivo em contraposição aos das corporações de ofício. (TOMAZI, 2000).

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